sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008



INGÊNUO CORAÇÃO

Trago no peito um coração inconstante;
Frágil, mas altivo como cavaleiro infante!
Esquece fácil que já sofreu grandes dores,
Viveu paixões utópicas e muitos desamores.

Coração destemido qual andarilho errante!
Vaga desvairado nesse mundo ignorante;
Mendigando felicidade e vivenciando horrores!
Volúvel; não guarda raiva, ódio nem dissabores.

Nunca me obedece; sonha e vive a flutuar
Foge de mim disparado e nem sequer sabe voar!
Nutre sonhos e fantasias, esse coração,
Mas não se deixa acorrentar-se: Odeia prisão!

Menino inconsequente a sorrir e sonhar!
Atrever-se ainda, teimosamente, a amar.
Louco tu, poeta; que tenta decifra-lo em vão.
Inspiração insana!... Deixe em paz meu coração!

(Ginna Gaiotti)