sexta-feira, 4 de setembro de 2009




Eu vi a rosa do deserto
ainda de estrela orvalhada:
era a alvorada.

Por mais que parecesse perto,
não vinha daqueles lugares
de céus e mares.

Os aéreos muros do dia
punham diamanrtes na paisagem:
clara miragem:

E a voz dos profetas batia
contra imensas portas de vento
seu chamamento.

Reis-touros e deusas-hienas
brandiam seus perfis de outrora
à ardente aurora.

Trágicas e divinas cenas
Ali jaziam soterradas,
sem madrugadas.

Eu vi a rosa do deserto:
a exata rosa, a ígnea medida
da humana vida.

Eu vi o mundo recoberto
pela manhã de claridade
da incandescente eternidade.
enviado por minha querida amiga
BERTA
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