quarta-feira, 23 de janeiro de 2008


As lágrimas que, no rosto, descem insistentes
São como um rio que, sem parar, corta o prado
Silencioso, forte, sem correnteza, mas constante
Carregando a dor como a um triste fardo

As marcas que vão, no rosto, deixando
São com o leito, de um rio, desguarnecido
Que a terra firme vai dia a dia sulcando
Deixando, atrás de si, um olhar entristecido.

Lágrimas, neste momento, sinônimo de dor
Que fazem o peito envergar entristecido
Querem retirar, do coração, a lembrança do amor

Lembrança das palavras que eram a felicidade
A alegria, o prazer que arrebatavam
Os olhos que agora de choram de saudade.