domingo, 12 de abril de 2009


Lágrimas falam mesmo
Quando estão escondidas no olhar
Mas se elas rolam
É a dor que já não dá pra suportar
Lágrimas que purificam
Lágrimas que santificam
E dão força ao coração...
(Adam Scowsky)
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As Lágrimas são as últimas palavras
quando o coração perde a voz.”



NADA É POR ACASO

Se as coisas fossem perfeitas
Não existiria lições de vida
Não haveriam arrependimentos
E nem descobertas...
Se tudo fosse perfeito
Mãos não se uniriam
E sonhos não seriam valorizados.
Se tudo fosse perfeito
Olhares não se completariam
E gestos passavam despercebidos.
Se tudo fosse perfeito
As lágrimas não existiriam
As palavras seriam perfeitas.
Se tudo fosse perfeito
Eu pularia no abismo
Sem medo da morte
Pois asas eu ganharia...
Se tudo fosse perfeito
Eu atravessaria o oceano
Sem medo de ser levada pelas ondas
Sem receios de me perder em suas profundezas.
Se tudo fosse perfeito
Dores não existiriam
E a cura não seria procurada...
Se tudo fosse perfeito
Não haveria a busca pela perfeição...
Nada é por acaso
Pois nem o destino
É Perfeito.

"Na vida nada acontece por acaso. O que você faz hoje, pode fazer a diferença em sua vida amanhã.



VIDA DE ELEFANTE

Você já observou elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.

A estaca é só um pequeno pedaço de madeira.

E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.

Que mistério! Por que o elefante não foge?

Há alguns anos descobri que, por sorte minha, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta: o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno. Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. E o elefantinho tentava, tentava e nada.

Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.

Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode. Para que ele consiga quebrar os grilhões é necessário que ocorra algo fora do comum, como um incêndio por exemplo. O medo do fogo faria com que o elefante em desespero quebrasse a corrente e fugisse.

Isso muitas vezes acontece conosco! Vivemos acreditando em um montão de coisas ? que não podemos ter? que não podemos ser? que não vamos conseguir..., simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos nãos que a corrente da estaca? ficou gravada na nossa memória com tanta força que perdemos a criatividade e aceitamos o "sempre foi assim
..."





AMOR PLATÔNICO



Fez-se da insegurança a flor amiga
Tornou a incerteza uma aliada
e fez da grande amiga sua amada
E deste grande afeto sua vida.

Fez-se do recente sua dor antiga
Sua imagem já não valia nada
E aquela imagem linda transformada
em sonho revelou-se convertida.

Amou-a, como se a amasse há tempos
adoecendo em seu refúgio mágico
Nutrindo-se de pura angústia e dor.

Amava-a até em pensamentos
E completando o seu destino trágico
Morreu sem declarar o seu amor.


****************

A poesia mora no papel pintado
com tinta, na tela aguada de arco-íris,
no ar fresco de melodias…
porém, há quem escreva do que nunca sentiu,
há quem pinte o que nunca viu,
há quem cante o que nunca ouviu…

Só tu és verdadeira memória …
e vivo-te assim, condicionada a sentir,
a ouvir e sobretudo a olhar…
para te ver nascer.

És o reflexo da minha Viagem e a ti
confio cada dia, cada desabafo…
cada emoção…


Estes versos antigos que eu dizia

Ao compasso que marca o coração

Lembram ainda?... Lembrarão um dia...

— Nas memórias dispersas recolhidas

Sequer na piedosa devoção



De algum livro de cousas esquecidas?

— Acaso o que ora canta... vive... existe

Nunca mais lembrará — eternamente?

E vindo do não ser, vai, finalmente,

Dormir no nada... majestoso e triste?
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ANO QUE VEM EU VOLTO!




Flor da Alma

Vem desse amor eterno
uma canção tangida pelo vento
uma flauta no som do pensamento
que ressoa na alma e não se vê...
Brisa da tarde nos florais do ipê
num cântico de beijos ao relento...
Um feitiço de amor à flor do tempo
que vem sem precisar dizer porque...
Uma canção de ser tão docemente
percebida... Tão leve se pressente
que a gente nem precisa perceber...
Basta ao amor plural de sua vida
saber-se a alma eterna e resumida
na alma de uma flor no alvorecer...

(Afonso Estebanez)



Que sejas tu,
a continuidade da minha canção.
a essência de meus versos,
a rima mais perfeita,
o verbo que conjugo.
O término de minhas busca.
A escolhida.
A marcada.
Que sejas meu objetivo alcançado.
Que acima de tudo,
sejas o amor jurado.
Que diante do que desejo, sejas
Seja eu, teu raio de sol.
Seja eu, a tua euforia,
tua maior alegria,
O encanto de teus dias.
Que além de teus sonhos,
Seja eu, a tua realidade.
A essência, o corpo que te invade.
O abraço que te enlaça,
O beijo que nos sela.
O amor que nos espera.
Tu e Eu, Eu e Tu, Prá sempre.
Que assim seja!
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Conclusões Tortas

Cega andei longo tempo,
sentimento pequeno dentro
do coração alguém quis gritar,
gritou estridentemente,
conclusões tortamente afirmadas
pelo prazer de ferir, denegrir
o coração,
dentro de janelas abertas,
portas escancaradas.
Já não me importa mais
o momento, o nome,
quero tirar da memória
pensamentos machucados.
Não foi nada,
nada mais é que passado
maculado
e quero fugir dele,
oportunistas esperam oportunidade,
trapaceiros esperam resultado
de fraudes,
jornais se mancham do sangue
derramado em lágrimas.
E os pássaros?
E as cigarras não cantam mais?
Inclemência e mentira andam
pelos corredores,
circulam livremente nas salas,
não estou só,
alguém olha por mim!


Marta Peres

minha amiga
poetiza Marta Peres

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