terça-feira, 13 de abril de 2010


Águas se fundem com o pranto,
percorrem todos os cantos,
deságuam os encantos
em oceanos salgados,
pardacentos, insensatos,

provocando dor e ferida

em quem se encantou pela vida...

Chegam de improviso
mutilando sorrisos,

tornando-se arrastão...

Devastam sentimentos

exterminando os momentos,
transbordando as ilusões...
E a água, fonte da vida,

desta vez não foi guarida,
mas traiçoeiro alçapão...
De bendita à maldita,
mostrou uma força bandida
vinda de supetão...
Soterrando inocentes,

produzindo grande enchente

dentro de cada coração...

Carmen Lúcia
( poema alusivo às vítimas das enchentes)

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