terça-feira, 8 de julho de 2008

chuva,
lave da alma em agonia
leve na enxurrada em demasia
a dor da solidão...

acalante na noite vazia
no seu ritmo úmido e morno
as dores pagas com suborno
do bem que mal fazia...

varra do peito já farto
dê ao ar uma pureza
ao coração só limpeza
e a brota para o novo pulsar...

chuva!
verta das suas águas, fantasias!
aquiete nas pacatas trovoadas
a essência das nuvens caladas
chovendo em suaves cantorias...