terça-feira, 8 de julho de 2008



No desequilíbrio dos mares, as proas giraram sozinhas...

Numa das naves que afundaram é que tu certamente vinhas.

Eu te esperei todos os séculos, sem desespero e sem desgosto,e morri de infinitas mortes guardando sempre o mesmo rosto.

E o sorriso que eu te levava desprendeu-se e caiu de mim:e só talvez ele ainda viva dentro dessas águas sem fim.

Cecília Meireles